Laudo do IML aponta que atendente de farmácia foi baleado duas vezes por major da PM antes de morrer; policial registrou disparo acidental

  • 23/04/2024
(Foto: Reprodução)
Luan dos Santos, de 32 anos, estava na garupa de uma moto, conduzida por um amigo, e seguia um outro colega na Via Anchieta. O PM rodoviário, de acordo com o BO, atirou acidentalmente após entender que a vítima havia colocado a mão no bolso do moletom como se fosse puxar uma arma. Homem morto por major da PM rodoviária gravou vídeo em moto com amigos antes de disparo Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que Luan dos Santos foi baleado duas vezes por um major da PM antes de morrer, na Via Anchieta (SP-150). O documento se mostra diferente da versão apresentada pelo agente, em depoimento à Polícia Civil, quando disse ter feito um disparo acidental contra a vítima, que estava na garupa de uma motocicleta. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Atendente de farmácia, Luan morreu aos 32 anos, ao ser baleado após abordagem policial quando descia a serra na garupa de um amigo, na altura do quilômetro 61 da rodovia, em fevereiro deste ano. A dupla estava acompanhada por outro colega, este policial civil, em outra motocicleta. Imagens obtidas pelo g1 mostram que Luan chegou a gravar o trajeto pouco antes de morrer (assista acima). O laudo do IML descreve dois ferimentos de entrada e saída, no tórax e antebraço. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que "nenhuma hipótese é descartada", incluindo a possibilidade de reentrada de um único disparo. O documento foi encaminhado para análise da autoridade policial da 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC de Santos. Luan foi morto na Via Anchieta quando chegava à Baixada Santista para curtir a folga com os amigos Reprodução Segundo a PM Rodoviária, os policiais suspeitaram que a dupla tentava roubar a BMW – na qual estava o amigo policial – que estava aproximadamente 60 metros à frente da outra moto, pois os veículos estavam em alta velocidade fazendo manobras de zigue-zague na pista. A equipe disse ter emitido sinais luminosos e sonoros, que teriam sido ignorados. O major da PM declarou ter visto Luan colocar a mão direita no bolso direito do moletom, como se fosse sacar uma arma. Para se proteger, apontou uma pistola na direção do homem, momento em que a moto teria freado. Com o movimento, a viatura também freou e o agente apertou o gatilho acidentalmente. O piloto da moto, amigo que estava com Luan, negou a versão apresentada pelos militares. Ele disse que não houve resistência à ordem de parada e que o policial disparou com a viatura e moto parados, não em movimento. Luan estaria desembarcando "tranquilamente" quando foi atingido. Família da vítima À época, a equipe de reportagem conversou com o tio de Luan, o aposentado Carlos Alberto Marques, de 66 anos. Ele contou que a vítima morava na capital paulista, trabalhava como atendente em uma farmácia, era solteira e não tinha filhos. Ele negou que o sobrinho estivesse armado. O tio apresentou uma versão diferente da registrada pelos PMs Rodoviários. Segundo ele, com base no que informou o amigo condutor, a dupla acatou a ordem de parada. “Ele parou a moto [condutor], e Luan estava na garupa. Quando foi descer, o policial atirou e pegou do lado. Atravessou. Matou ele na hora”, disse. O familiar revelou que os três amigos eram conhecidos há muito tempo. O policial civil que os acompanhava estava mais à frente e, portanto, só soube do disparo ao ouvir um grito do condutor e testemunha. Passeio não era planejado Luan dos Santos gravou vídeo com os amigos pouco antes de morrer com tiro na Via Anchieta Reprodução/Instagram Luan tiraria folga no sábado (17), mas trocou o dia de descanso para a sexta-feira, de acordo com o relato do tio. O passeio tampouco estava programado, mas após a decisão os amigos planejaram fazer um “bate-volta”. “Ele era trabalhador, não tinha nada [passagens pela polícia]. Que eu saiba não tinha nada. Ele era um menino trabalhador, menino bom”, afirmou. Atendente Luan dos Santos morreu com tiro no tórax na Rodovia Anchieta Reprodução/Instagram e Artesp SSP-SP Em fevereiro, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou, por meio de nota, que PMs rodoviários estavam em deslocamento quando viram duas motocicletas "de grande porte" trafegando pela via "em alta velocidade e realizando manobras arriscadas". De acordo com a pasta, teria sido dado sinal de parada para realização de abordagem, que não obedecida. "Em certo momento, o garupa de uma das motos fez menção de estar armado e um dos PMs apontou sua arma como forma de se proteger. Na sequência, a motocicleta parou bruscamente e os PMs frearam para abordá-los, ocorrendo um disparo acidental". O Corpo de Bombeiros foi acionado e a vítima socorrida ao Hospital Modelo de Cubatão, onde morreu. "Os outros motociclistas, incluindo um Polícia Civil, foram ouvidos e liberados, e a arma do policial militar encaminhada para a perícia. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária de Santos, e é investigado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário". A SSP-SP ressaltou que a PM também apura a ocorrência por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). A equipe envolvida no caso não faz parte do reforço da Operação Verão. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/04/23/laudo-do-iml-aponta-que-atendente-de-farmacia-foi-baleado-duas-vezes-por-major-da-pm-antes-de-morrer-policial-registrou-disparo-acidental.ghtml


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